Depois da triunfal coroa de louros, eis a tão solicitada coroa de tamboril. Como símbolo de prosperidade e triunfo, a coroa de louros era um must para tudo quanto era indumentária militar na Roma antiga, já que na atual Armani e Gucci não vão muito no mood arborista, o qual muito inspira Dolce & Gabbana, é certo. Diz a mitologia, que é uma espécie de histórias infantis para mancebos mais velhos, que a coitada da Dafne se fartava de fugir às investidas do garboso e muito excitável Apolo, pelo que aprendeu a disfarçar-se de loureiro, que nem um 007 da antiguidade. Apolo, que quando não estava excitável, não era assim tão tolo, percebeu mais ou menos o truque e, para a ter sempre simbolicamente por perto inventou umas coroas giríssimas feitas de louro, o que impedia o sol estival de lhe esturricar a moleirinha. Era, portanto, um dois em um muito, muito antigo. Mas por estar demasiado vista, e há mais de dois milénios afastada das passarelas, confinada que está à F1, sugerimos agora a muito apelativa e disruptiva coroa de tamboril. Coloca-se a questão do cheiro do peixe fresco, ou mesmo do peixe frito ou cozido, mas é bastante mais impactante e não precisa de ser habilidoso em manualidades ou bricolage. Basta um tamboril bem grande, colocá-lo em torno da cabeça ou do pescoço e selar a coroa colocando a cauda do animal na boca do mesmo. Se o peixe for mais miúdo, junte mais exemplares seguindo sempre a mesma lógica de colocar a cauda, neste caso de um dos peixes, na boca do seguinte e por aí fora. É uma ideia original nossa, pelo que agradecemos os devidos créditos de autor.

Ingredientes:

– Tamboril

Tempo de preparação:

Se tiver o peixe em casa, menos de cinco minutos. Se tiver de ir à praça, menos de cinco horas. Se tiver de os ir pescar, pode ter de multiplicar tudo isto por cinco anos.

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