Uma receita inclusiva. Sim, nada de segregar, discriminar e rejeitar. Aqui, não reservamos nem deixamos de lado. Aqui, tudo de mistura e interage, tudo é miscigenação, além de que se conseguem tons de cacau lindos, com esta mistura. A sexualidade mundial devia pôr os olhos na nossa cozinha.

Pois bem, comece por maltratar um pacote de bolachas Maria não virgem, que isso da privacidade é para as revistas do social. Pode metê-las num saco e saltar-lhes em cima, envolvê-las num pano e atirá-las sucessivamente contra a parede, esborrachá-las com o pilão num almofariz grande, usar outro tipo de picadora ou entregá-las ao cuidado de alguém desmazelado ou de um robot de cozinha. Importante é que, no final dos finais, fique com farinha de bolacha, ou pós, conforme o seu empenho. Resista à tentação de snifar uma linha disto, pois pode morrer asfixiado ou com migalhas no cérebro, que dizem ser bem pior do que na cama. Com essa farinha, um pouco de manteiga e mão de fada, obterá uma massa pastosa que se agarra à mãos e que dará uma ótima base de tarte. Se preferir, faça outra base de tarde que não nos incomodamos com isso. Depois, com chocolate preto e outro tanto de chocolate branco (parte iguais é o mais indicado, para não dar força a uma das fações), algumas natas e mais manteiga que isto é uma sobremesa e não uma ‘sobmesa’, obterá um líquido espesso, macio, aveludado e irresistível. Este, deve ser espalhado com perícia sobre a base de bolachas que já estará grudada ao fundo de uma forma de tarte. Se correr mal, não dramatize e misture tudo numa linda taça de vidro transparente. Vai parecer de propósito e o saber é igual, apenas menos elaborado do que a tarte.

Ingredientes:

– Bolacha Maria (não é Marisa, nem Marina, nem Martina)

– Cenas diversas para poder esmagar as bolachas

– Chocolate preto na quantidade X

– Chocolate branco também na quantidade X

– Natas em quantidade suficiente, que podemos designar por Y

– Manteiga em barda

Tempo de preparação:

É surpresa! (Sempre a querer agradar-lhe.)

Partilhar