Somos castos. Somos, por isso, pela modéstia, franciscanismo e ordens religiosas mendicantes, pelo que despromovemos cabalmente o abade e dedicámo-nos aos freires – até porque adoramos sandálias. Assim, abreviámos os procedimentos, baixámos a ostentação, moderámos o lume e reduzimos os ingredientes, que isto de gastar dúzias de ovos e ingerir terabytes de calorias já teve os seus dias e vai melhor com jesuítas do que donas de casa e gestores de despensa desesperados por fazer cumprir o orçamento mensal. Assim, na balança, empregue uma regra de três simples e reduza tudo a um terço (da quantidade, não do Terço religioso). Muito simples. Já tem as doses apuradas, o resto cumpre-se normalmente, com a graça de Deus, se Ele estiver com graça nesse dia. Dias há em que, por muito que nos esmeremos, tudo nos parece contrariar. Por vezes, são tantos os dias que já se completam rosários de cozinhados mal apurados. Felizmente, nos últimos tempos, tudo corre de feição airosa, Graças a Deus!

Ingredientes:

– Ovos despromovidos da sua quantidade inicial

– Açúcar já não em barda para a calda, o caramelo da cobertura e o pudim

– Toucinho (Bahhh)

– Canela

– Limão

– Águas quentes e frias, como nas boas pensões

– Um bom vinho do Porto

– Tabuleiros

– Papel de alumínio

– Forno

Tempo de preparação:

Horas a fio para tudo isto. Só de cozedura é uma hora, pelo que faça as contas! Nós perdemo-nos e só agora estamos de regresso a casa, só para ter uma ideia!

 

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