Aquele era um mês atípico para José Bandalho. Correção, aquele era um dezembro atípico na vida de José Bandalho, ou, para os poucos amigos, Zé Bandalho, ou apenas e tão simplesmente Bandalho, já que era comum na sua empresa utilizar-se apenas o apelido, exceto no caso da maioria das mulheres. Como não era esse o seu caso, e tinha apreço pelo toque militar desse trato, orgulhosamente, Bandalho ficou. Ora, todos os anos, Bandalho guardava religiosamente o último mês do ano … Ler mais
Mês: Janeiro 2017 (Page 1 of 2)
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Tem coragem para cortar o pescoço a uma galinha e extrair-lhe todo o sangue que lhe percorre as veias até ficar exangue? (Bolas, parece coisa de Halloween!) Tem estômago para assistir ao processo de coagulação do sangue enquanto não é cozinhado? (Só se fosse em ambiente de laboratório, à laia de experiência científica, verdade? Até porque desconhecemos o entendimento da ASAE sobre esta questão.) Também pensamos ou queremos acreditar que não, pelo que esta é aquilo a que chamamos uma … Ler mais
Diminutivos: o que são e como empregá-los
First things first, que é como quem diz, comecemos pelo principal. Diz-se e, já agora, escreve-se diminutivo(s) e não diminuitivo(s). Diminuitivo não está consagrado na língua portuguesa, nem o encontrará grafado em qualquer dicionário, logo, o plural, diminuitivos, também não existe, pelo que, deles não falaremos.
Posto isto, vamos aos diminutivos. Estes, sim, existem e são sufixos que se acrescentam às palavras, substantivos (casinha) ou adjetivos (bonitinho) e que acrescentam ao significado … Ler mais
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Se pensa que lhe vamos revelar o segredo por detrás da massa dos profiteroles, que guardamos religiosa e dementemente na família vai para mais de 15 dias, nem pensar. Não vai acontecer. Teriam de matar qualquer um dos meus seiscentos familiares antes de tal acontecer. É sabido que o seiscentos e um, é aquela típica ovelha ronhosa, desbocada e insensível aos tesouros familiares, muito provavelmente, também, ignorante em relação aos segredos culinários do clã. Assim, e porque de outra maneira … Ler mais
Demorou a perceber. Demorou, primeiro, a aperceber-se. A dar conta do fenómeno. A tomar consciência do facto, pois disso se tratava, de um facto. Durante imenso tempo, esteve cego. Não via. Não viu. Não deu conta. Tudo era um pouco novo e de tal forma bizarro que simplesmente não lhe ocorreu. Quem poderia imaginar tal coisa?! Demorou, depois, outro tanto, senão mesmo mais tempo a perceber. A compreender que era mesmo verdade. A conseguir dizê-lo para si próprio e até, … Ler mais
Compre um peixe, adicione-lhe coisas indianas, especialmente caril, muito caril e açafrão e curcuma, e até gengibre se tiver a cor certa. Desde que seja amarelo torrado e saiba como o caril, exceto batata doce ou legumes que ganhem essa cor apenas porque já morreram de qualquer coisa. Tempere a gosto. Experimente adicionar-lhe leite de coco e algum segredo culinário que detenha. Nestes pratos exóticos, tudo ajuda, até mesmo uma prece ou outra a Ganesh. Leve a lume brando e … Ler mais
Ali, no meio do nada, escondida numa cabana de pastor abandonada, onde o cheiro do campo se misturava com o da urina, com que as paredes pareciam ter sido pintadas, Cachinhos de Ouro não conseguia ter medo. A adrenalina da fuga incendiava-lhe uma nervosa felicidade e colocavam no palanque da sua mente a voz estridente e histriónica do autoelogio. Como era esperta e destemida, temerária e estratega. Não havia pai para si. Quer dizer, haver havia, mas não sabia onde … Ler mais
O verdadeiro relish, segundo alguns puristas – seja lá o que isso for no que respeita ao mundo do relish –, é o de pepino, razão pela qual avançamos com uma proposta revolucionária, disruptiva, mesmo, que ao verde do pepino, responde com o tchan do vermelho (não confundir com encarnado). Aqui, tudo é vermelho, pelo que vai precisar de tomate picado, pimento vermelho picado, pimentão vermelho em pó, paprica e tudo o mais de que se lembre, desde que … Ler mais
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