Nascido em berço de ouro – em rigor, não era verdadeiramente de ouro, ou sequer de um qualquer outro mineral, mas sim de raiz de uma ancestral nogueira, todo ele talhado à mão há mais de centena e meia de anos e que, desde então, embalou todos os primogénitos da família, já que os segundos e as piquenas não contavam, limitando-se estas a existir de formas graciosas e ociosas até encontrarem um abastado primogénito com quem se casar – Tomás … Ler mais
Mês: Setembro 2018 (Page 1 of 2)
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Aqui está o inesperado casamento de parceiros díspares, que culmina num par perfeito. Por um lado, a cândida e doce batata, aqui, no seu estado amargo, o que já lhe dá aquele twist. Do outro, a atrevida e acutilante paprika. Da união destas duas resulta um equilibrado e exótico sabor, a lembrar paisagens asiáticas e com notas de fundo de remotos aromas. Julgamos mesmo que, com base nestas duas, até um belo perfume se conseguiria obter, mas deixemos … Ler mais
Se Petúlia soubesse que não era filha do homem a quem sempre chamara pai toda a sua vida, mas sim de um ex-patrão da mãe, um empresário multimilionário que fez pouco caso daquela gravidez imprevista, mas provável, dada a falta de cuidado ou uso de qualquer método contracetivo – preocupações impróprias para pequenos devaneios sexuais à hora de almoço de um grande homem de negócios –, a qual resolveu como tudo o resto na sua vida: passando um cheque chorudo … Ler mais
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Todas as receitas de alma e pendor totalmente contemporâneo, não se limitam a cozinhar ingredientes, elas também mesclam palavras e seus antónimos, ou quase, com habilidades gramaticais de chef, os quais tentam mostrar-nos toda a nossa pouca sofisticação e o seu gigantesco know-how, apenas por enunciar-se o nome das suas criações culinárias. Desconcertante, este é um desses maravilhosos casos da alarvidade gastronómica do momento, em que os cozinheiros insistem em ser chefs, não percebendo que acima destes … Ler mais
A cigana olhou para a criança e sorriu de forma entristecida. O que via agradava-lhe. Era-lhe por demais familiar. Era um rapaz de olhos negros e fundos e cabelo cor asa de corvo. Podia ser um dos seus. Podia ser do seu sangue. Não era. Mas poderia ter sido. Inclusive, poderia ter sido seu. Todos os seus filhos tinham esses mesmos olhos infinitos e insondáveis e o cabelo, se lavado com a frequência deste pequeno, seria da mesmíssima cor e … Ler mais
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Depois dos Lombinhos à Fiscal da EMEL esta é a receita com mais tweets do momento. Sim, os yuppies são já dinossáuricos e já nem os dicionários urbanos deles se recordam. Os olhos voltaram-se para o passado mais distante, o básico, o tradicional, o simples e depurado e decidiram reinventá-lo, adaptá-lo e, porque não, mastigá-lo. Esta receita é o pináculo desse novo olhar sobre aquilo que servimos à mesa e um piscar de olhos às profissões que agora idolatramos: profissionais … Ler mais
Nos anos ’80, rendeu-se ao cubo mágico, um quebra-cabeças que jamais solucionou além de uma das faces do estúpido cubo, que de mágico tinha muito pouco e de bruxaria tinha tudo. Aquilo era coisa do Demo. Como a sua avó sempre disse: “O Diabo esconde-se nas pequenas coisas.” Pois ele ali estava, pintado de pequenos quadrados coloridos, para lhe infernizar a vida e mostrar quão limitado era o seu QI, se é que a inteligência na sua globalidade e não … Ler mais
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