Atenção, que este é um prato que reúne, a uma só vez, a mão farta da cozinha tradicional com tiques de nouvelle cuisine. Mais conhecida como CCC, já que todos os ingredientes de topo têm nomes a começar pela terceira letra do alfabeto, achamos por bem continuar toda a receita com ingredientes desta mesma gama alfabética. Assim, coentros, cominhos, cebolas e cebolinho, centopeias (opcional), camarão, carambola, cerejas, cerveja, ‘Cem Anos de Solidão’ (para aprender a organizar uma árvore genealógica ou apenas para descomprimir), capão e cravinho, entre outros, são de incluir. A imaginação e vocabulário de cada um determinará, em muito, o resultado final, como facilmente se depreende, e disso depende o enorme sucesso desta receita, que acaba com retoques de taylor made, tão apreciados nesta era individualista e de falsas partilhas. Basicamente, já que nada se compara a voltar ao básico, misture tudo com intuição e arte num panelão, cataplana ou outro recipiente a gosto, deixe apurar os sabores, vá regando, alternadamente, com champanhe e cerveja, deixe que os vapores se incorporem e deixe que a orgia de sabores faça o resto. Finalmente, brinde. A si. À vida e ao facto de ter sobrevivido a mais uma receita enfadonha.

Ingredientes:

– Cantaril

– Champanhe

– Cerveja

– Coentros

– Cominhos

– Cebolas

– Cebolinho

– Centopeias (não esquecer que este é um ingrediente opcional)

– Camarão

– Carambola

– Cerejas

– ‘Cem Anos de Solidão’ (opte por uma edição de capa rija, pois são as melhores em situações de multitasking)

– Capão

– Cravinho

– Outros ‘Cês’ de que se lembre e que aprecie

Tempo de preparação:

Quase 100 anos, caso se entusiasme com o livro. Muito menos do que isso, se não for dado a leituras.

A Champagne Cheers!

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