Migas!!!! Mais uma receita a pensar em todas vós. Façam pause nessa interminável dieta, a qual, por esta altura, é bem visível não estar a resultar, e rumem ao poético Alentejo para uma necessária dose de gordura capaz de repor os níveis de felicidade a um defunto. Sim, falamos de banha, toucinho, frituras, pão e muita carne de porco alentejano, preto ou branco (que não nos apanham em racismos, nem mesmo na cozinha), também ela frita em muita gordura. Claro que é tudo servido com umas ácidas azeitonas e algumas rodelas de laranja, para dar um ar de saudável e colorido. Não se deixem enganar, todavia, que este é mesmo o prato dos pratos. Afoguem as balanças e as vossas mágoas num dos mais incríveis pratos do planeta. O melhor de tudo? Também se chama migas, como vocês. Por isso, esta é em vossa honra, ou desonra, que cada um sabe de si. O grande segredo reside na mão que se tem de ter nas migas e no tempero da carne. Mas porque estas migas são mesmo migas de toda a gente, elegemos um tempero assim-assim, para alargar a confeção desta excelsa receita a um maior número de pessoas de todo o planeta, já que um tempero assim-assim é uma coisa, lá está, mediada. Qualquer um se sairá mais ou menos com um tempero assim-assim. Agora ide e colocai as mãos nas migas.

Ingredientes:

– Migas, claro

– Porco, escuro ou claro

– Pão, escuro e claro

– Unto, claro e escuro

– Banha, clara

– Tempero assim-assim para a carne clara ou escura ou ambas

– Laranja, nem escura nem clara

– Azeitonas, escuras ou nem por isso

Tempo de preparação:

Muito. Só para conseguir umas migas à altura… É coisa para décadas. Mas vale mesmo muito a pena (a pena que é matar o porco, claro está!).

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