Adorava aquele primeiro momento. Um instante apenas. Uns meros segundos, ou terceiros, que o sono ainda impede grandes cálculos ou argúcias matemáticas. Quando a mente desperta, mas o corpo ainda não obedece. Os olhos ainda com os circuitos fechados, incapazes de entender o código, já digitado, que os ordena a abrir. O corpo ainda trôpego para perceber que tem de começar a mover-se. Entre o despertar da mente e o acordar do corpo, vai um tempo morno, ínfimo, em que o físico impõe uma certa greve de movimento, fingindo que a mensagem de acordar não tem destinatário, ou que este não se encontra em casa, ou apenas finge não ouvir a campainha, por ser ainda demasiado cedo para encetar conversas. Um tempo pequenino e precioso, em que tudo é possível.

Em que ainda nem sequer reabrimos o dossier do nosso ‘Eu’, aquele que nos informa diariamente sobre quem somos e aquilo que nos aguarda nesse dia. Tal e qual como quando carregamos numa aplicação. Há sempre um tempo necessário para abrir e atualizar. Nesse breve espaço temporal, tudo é possível. O que nos garante que acordamos a mesma pessoa todos os dias? No mesmo local? Com as mesmas pessoas de sempre ao redor? Não poderá tudo ser fabricado diariamente, mantendo uma falsa memória de constância? Teremos o mesmo nome todos os dias? Que hipótese deliciosa e reveladora do instante de puro ócio que ainda vivia. Estava na hora de abrir os olhos e estes lá se abriram, bem como a sua boca, por onde saiu em corrida acelerada um desenfreado grito. Não é que não sabia mesmo onde estava? Não reconhecia uma única parede. Onde estava o seu pechiché, uma peça do século qualquer coisa que percorria a sua família há um sem-fim de gerações? Tinha sido roubada. Só podia! Soltou novo grito, desta vez histericamente aterrorizado. Até as paredes lhe tinham roubado. Mas porque razão lhe tinham deixado aquelas tão feias e mal mobiladas em seu lugar? Que gente estranha, os ladrões de hoje. E que maus a decorar! Seria a substituição um roubo? Teria, afinal, acordado atriz e seria aquele o cenário para aquele dia de gravações? Já que estava no cinema, fez o que por lá se faz em situações idênticas de desconforto e desnorte.

Esfregou os olhos para ver se, depois, tudo se focaria convenientemente no ambiente do costume. Mas não. Não era ainda o seu quarto. Era aquela outra coisa sinistra. Nem uma peça de bom mobiliário. Nem um têxtil orgânico ou uma cor decente. Tudo era de uma miserabilidade estética assustadora. Como se podia viver assim? Quem viveria assim? Estaria com problemas de visão e seria aquela a sua casa, apenas ela não a reconhecia? Nisto, um homem. Não era mau de todo, mas não era da sua estirpe. Parecia, de uma forma estranha, mas nem por isso pouco encantadora, rimar com tudo aquilo. Estaria na casa dele? Que alívio! Antes na casa de um estranho do que ter sido ela a decorar aquilo. Com as coisas, na sua mente, a entrarem numa certa ordem, com o seu racicocínio a encontrar um possível fio de lógica em tudo aquilo, tentou acalmar os gritos que ainda se iam escapulindo de quando em vez, da sua garganta sem dono ou controlo. O homem, todavia, parecia tão perdido quanto ela. De olhos esbugalhados, fitava-a sem interrupções. Sem pestanejar. Parecia coisa do Demo. Quem seria o primeiro a falar? Foi ele.

– Quem é você e o que faz na MINHA cama?

– Sempre é sua? Que bom, já estava a pensar mal de mim e do meu gosto pessoal, ao olhar tudo isto. Que deprimente. Como é que consegue viver aqui?

– Com calmantes.

– E funciona?

– Sim. Exceto quando me aparecem estranhas enfiadas nos meus lençóis.

– Pois, imagino! Eu própria estou para morrer e não se trata da minha casa. Compreendo-o perfeitamente. Pobrezinho. Quer um abraço?

– Porque não? Já tentei substâncias tóxicas e não funcionou, quem sabe um abraço…

– Venha cá, então.

Ela tinha razão. Ficaram ambos mais calmos. O que não diminuía o mistério que tinham entre mãos, nem a miséria daquele design de interiores: Como acabaram juntos na casa dele? Ela tinha ainda um outro: Como é que alguém pode ter tão mau gosto? Mas cada coisa a seu tempo, não obstante este segundo a incomodar bastante mais do que o primeiro.

– Sofre de amnésia? – Perguntou ela, parecendo seguir uma linha de inquérito básica nestas situações. Uma espécie de protocolo estabelecido.

– Se sofresse, como poderia sabê-lo? Não seria a lembrança da amnésia a sua própria negação?

– Uau! Você é ótimo! Podemos tratar-nos antes por tu?

– Claro, até porque já dormimos juntos.

– Verdade. Teremos apenas dormido? É que não tenho a mais ínfima recordação.

– Pois, também não me lembro.

By Antonio Mora

– Vamos por partes. O meu nome é Francisca Fresca.

– Fresca? Dos Frescos e Congelados?

– Não. Dos Hortícolas e Costa.

– Nada mal.

– Não me posso queixar. E tu?

– João Caramelo.

– Dos Cadbury?

– Não. Do Pinhal Novo.

– Ah! Não conheço.

– Francisca Fresca, vamos ser objetivos. Onde é que moras e qual a última coisa de que te recordas do dia de ontem? Aliás, da noite de ontem, pois eu recordo-me de ter ido trabalhar o dia todo, só depois é que tudo se confunde.

– Pois. Vivo numa casa giríssima, frente ao mar, para os lados do Guincho. Uma coisa feérica, toda ela arquitetura de assinatura e design de interiores ultracontemporâneo, se queres pormenores estéticos.

– Não, não quero. Quero apenas factos, horas e locais. Guincho. Estiveste por lá o dia todo?

– Sim. Quartas são o meu dia dedicado à autocomiseração, uma aula a que me dedico com afinco e que faz parte de um programa de autoconhecimento que nasceu apenas na semana passada, criado por uns amigos dinamarqueses. Uma coisa do tipo Felicidade para Totós, mas dizem ser milagrosa.

– Como podem dizer isso, se tem apenas uma semana? Foi testada num dia e validado o milagre no seguinte?

– Isso mesmo! Não é estupendo?

– Imagino que sim, com o pouco tempo de que dispomos, quanto menos se gastar em patetices melhor.

– Agora, estás a ser sarcástico?

– Não, irónico. E depois da autocomiseração?

– Depois, tomei banho, porque transpira-se imenso quando temos demasiada pena de nós próprios, nem imaginas! A seguir, hidratei o corpo, sequei o cabelo, porque tinha uma festa… Claro, a festa Go Green. Fui a uma festa ‘ocupa’ num armazém devoluto. Já foste a alguma? É giríssimo. Todos temos de levar coisas, desde bebidas a som, pois o espaço está vazio, vazio e se somos apanhados, temos de agarrar em tudo e sair a correr. Graças a isso mantenho o corpo tonificado, pois chegamos a ter de correr quilómetros com os baldes de gelo e tudo o resto. Um fartote!

– Isso nada me diz. E ontem, tiveram de sair a correr?

– Eu, sim, porque estava a ficar sem pastilhas e o meu dealer estava em Alverca, a assistir ao parto de uma bezerra.

– Como?

– Caramelo, o meu dealer é veterinário.

– Jura?!

– Eu não. Nunca juro. Sou supersticiosa em relação às mentiras dos outros e às minhas também, embora menos.

– Fazes bem, mas é com o Fanã que temos de falar.

– Como sabes o nome dele?

– Porque também é o meu ‘fornecedor’ de Paraíso.

– Que poético! Paraíso!

– Não é liberdade de estilo, é mesmo o nome do meu psicotóxico.

– Quererás dizer psicotrópico?

– Não, não é tropical, é apenas tóxico.

– Certo. Então, liga-lhe.

– Ok. Entretanto queres tomar banho antes de te vestires?

– Estou nua? Pois estou. Sim, tomo um duche rápido. Diz ao Fanã para vir o quanto antes.

– Para quê? Ele pode conseguir explicar tudo pelo telefone.

– Gago como ele é, ainda ficas ao telefone o dia todo.

– Tens razão.

– Caramelo? Já agora, onde é que estamos? Já espreitei a rua e não me diz nada.

– Sim, a minha rua não é de muitas conversas e não gosta de estranhas despidas à janela. Coimbra. Isto é Coimbra.

– Mentira!?

– É mentira, sim senhor. Estás em Azeitão.

– Que encantador!

– Mais precisamente em Vila Fresca de Azeitão.

– Jura? Fresca, como eu? Já amo!

João Caramelo avisa Fanã da urgência em que vá a sua casa, o quanto antes. Em apenas quinze minutos de tempo, Fanã diz que está a caminho. Até podia já estar a chegar, caso se tivesse posto logo a andar, mas Fanã tinha lá os seus tempos e arritmias, a que todos se sujeitavam por conta da sua, essa, sim, milagrosa drogaria.

Fresca e Caramelo, já de banho e café tomado, iam, ainda, tentando chegar a conclusões factuais sobre os eventos que os terão juntado, ali, em casa dele e tão longe da dela e ainda, bem afastados do armazém devoluto, onde ela garante que se divertiu até ter memória disso. A entrada de Fanã na história da noite anterior de ambos, não obstante Caramelo não se recordar de ter ido a qualquer festa, leva-os a uma animada conversa sobre pastilhas, drops para celebrar, vulgo curtir, smarts para rir, tabletes para entrar em depré e as mais recentes Green e Red, tendo as primeiras, as verdinhas, servido de mote à festa a que Fresca se referira, a qual, contrariamente ao mais óbvio – uma qualquer festa temática ambientalista solidária com o Planeta –, era uma ação de marketing para apresentar aos consumidores de estupefacientes as novas pastilhas do bem-estar. Estas agiam em parceria com as vermelhas, potenciando-se alternadamente, mais ou menor alucinação e diversão, mais ou menos memória e acuidade, conforme a ordem da toma, ou qualquer coisa do género, que eram ainda demasiado recentes para se saber tudo.

Caramelo começou a ter uma vaga ideia de ter estado numa bomba de gasolina com… tinha alguma dificuldade em admitir o resto da sua lembrança, mas recordava-se de ter estado com… uma alface, numa estação de serviço, algures. Mas era-lhe absolutamente penoso verbalizar isto, mesmo para si próprio, quanto mais expressá-lo em registo audível. Devia estar a alucinar em grande. Ou então, ou agora. Fresca, todavia, parecia-lhe demasiado real e exótica, para não dizer estapafúrdia, para que a tivesse inventado. Nem no maior delírio alcançaria algo do género. Ela não se calava. Se a tivesse inventado, podia vir com aquele corpo e a mesma cara – tudo muito apetitoso, só agora reparava, muito atraente, mesmo –, mas jamais seria tão faladora, se fosse fruto do seu génio criativo. Jamais! Até por uma razão muito simples: não conhecia, nem concebia que alguém pudesse falar tanto. Parecia ter as rotações erradas, encravadas no fast forward. Caramelo sentia-se enlouquecer. Teve de lhe dizer:

– Fresca, ou te calas ou terás de sair daqui imediatamente. Estou capaz de te matar. Não aguento ouvir-te falar. Mais uma palavra e temo o pior.

– Deves estar em privação.

– Só se for de silêncio. É a única coisa de que estou privado. Há duas horas que falas sem cessar e a um ritmo alucinante. Não te ouves? Não te cansas?

– Bolas, que azedume! Falo porque sou simpática, sociável. É ainda um cumprimento. Uma forma de demonstrar que me sinto bem ao pé de ti. Tanto que não me falta assunto. Tens por aí algum creme para o corpo? Detesto não hidratar a pele depois do banho. Esta casa é tua? Tens de me deixar redecorar-ta TODA. Vai dar trabalho, mas vais ficar-me eternamente grata. Será como viver outra vida. É morada permanente ou casita de campo? Quanto a mim…

Caramelo tapava os ouvidos, enquanto cantarolava a fim de não a ouvir. Acreditava mesmo que acabaria por matá-la. O pior é que, vá-se lá compreender porquê, só lhe ocorria um tema de António Calvário, cujo refrão, única parte que conhecia, de tanto a repetir, começava, ela própria a enlouquecê-lo. Intercalava ambos os suplícios. Ora um pouco de Fresca, mas não muito, ora uma dose de ‘Mocidade’. Não estava a resultar. E o Fanã que nunca mais chegava. Também gaguejaria a sua condução? Avançaria aos soluços e com indecisões? Não articularia bem as mudanças? Mais importante do que tudo isso: Traria pastilhas, e em quantidade suficiente, para aquilo que ali se estava a passar? Caramelo desesperava, até a sua mente já se comportava como a tagarela da Francisca Fresca. Sem paragens ou interrupções. Sem intervalos. Apenas uma infinita sucessão de perguntas e temas, nem sempre interligados. Um autêntico carrossel. Um comboio cujo número de carruagens não parava de crescer. Caramelo sufocava.

Fresca, por seu turno sentia-se a flutuar. Como se houvessem dois eus dentro dela. Um que pensava e tudo via lá de cima, e outro que falava e agia de forma compulsiva e histriónica. Não se conseguia controlar, mas, ao mesmo tempo, isso dava-lhe uma energia e um poder incríveis. Sentia-se uma SuperFresca e essa era uma sensação ímpar. Dominava a cena toda. Sabia tudo acerca de tudo, exceto, claro, como fora ali parar e como era possível uma casa tão mal decorada. Aquilo era quase desumano.

Nisto, chega Fanã, para alívio de Caramelo e Fresca. Vinha afogueado, o pobrezito. Uma noite em claro, devido aos seus afazeres médicos e ainda satisfazer a sua outra freguesia, não era coisa para meninas. Aquilo exigia uma boa alimentação, um corpo tonificado e com alguma preparação física, um guarda-roupa decente, para que fosse levado a sério em ambos os métiers… Em tudo isto e mais um par de botas pensava a intrépida Fresca, já que Fanã, gago e ofegante ainda não tinha conseguido articular um ‘ai’ que fosse.

– E se guardasses todos esses ilustres pensamentos para ti e apenas para ti, Fresca?

– Tenho estado a falar alto? Imagina! Julguei que apenas falava para dentro. De mim para mim. Desculpa e não me mates, ‘tá?!

– Que tipa tão cansativa que tu és. Tens de pedir ao Fanã umas pastilhas para te acalmares.

– São as minhas preferidas, Caramelo.

– Bom, se isso és tu sob o efeito de calmantes, imagino-te em estado normal. És uma 1-2-3, mas sem limite de contagem…

– És tão cómico! Uma 1-2-3?! Adoro! Vamos ser amigos para sempre.

– Não, por favor. Eu não sobreviveria um dia ao teu lado. Ficava louco. Ou isso, ou matava-te.

– Ora, um pouco de cada coisa e sobreviveríamos ainda assim. E que risota! Eu semimorta, tu semilouco. Na verdade, isso não difere muito do estado em que nos encontramos, certo?

O que Fresca dizia não fugia muito à verdade. Afinal, ainda não conseguiam perceber o que lhes tinha acontecido, e imaginavam que não teria sido pouco. Nisto, ambos se apercebem da presença de Fanã, o qual já quase tinham esquecido. Tiveram, porém, tempo para voltar a esquecê-lo, já que ainda estava impróprio para falar e quanto mais vontade ou urgência tem de o fazer, menos bem-sucedido é.

– E se despendesses toda essa energia, que está a levar-me à loucura, a tentar recordar tudo aquilo que aconteceu na noite passada? Eu recordo-me de estar – e agora solicito a tua compreensão, pois vou ser o mais sincero possível –, recordo-me de estar numa bomba de gasolina a aguardar o Fanã quando surgiu, e juro que é disto que me recordo, uma… alface.

– Hahahaha. Parece-me que não precisavas do Fanã, para coisa alguma. Já devias estar bastante bem ‘aviado’, amigo. Uma alface?

Mas nisto, foi como se uma luz se acendesse no nublado cérebro daquela estroina.

– Sabes que mais, Caramelo? Pode ser verdade. A festa onde fui, agora que falas nisso, estava cheia de legumes. Eu fui de cravo, porque adoro encarnado e amo o povo e o povo perde-se por um cravo vermelho, por causa daquela coisa da liberdade e da PIDE e de todas essas coisas populares e bairristas. Mas havia muitos folhos, lá isso, quase parecia uma disco-night, tudo muito eighties e assim. Talvez a cambada de ecológicos achasse que era uma oportunidade de se manifestar simbolicamente, ou coisa do género.

– Dizes que ias de cravo vermelho?

– Não. Eu ia de cravo encarnado. Não confundir danças de salão com salão de danças, ok?

– O quê?

– En-car-na-do. Cravo encarnado, por isso calcei os meus sexy sapatos encarnados…

Sem ter tempo de continuar, Fanã, pela primeira vez na vida, articula mais do que uma frase completa, de forma percetível e sem gaguejos.

– Mas os teus sapatos são verdes, Fresca!!! Tu estavas de verde! Verde. Até te chamei repolho, achei que era um disfarce, e pedi-te que deixasses o casaco com folhos no meu carro, para não chamar demasiadas atenções na bomba, onde outro cliente me aguardava, aqui o Caramelo. Meu Deus!

Nisto, Fanã volta a ficar sem pilhas e Francisca Fresca e João Caramelo sem pinga de sangue, tal o susto que apanharam ao ver Fanã falar sem pausas ou sofrimento.

– Quero dessas pastilhas que andas a tomar, ouviste?

Era o lado pragmático de Fresca a dar de si, imaginando já o que tais drogas não potenciariam num cérebro brilhante como o seu.

– Afinal, ias de verde ou de vermelho? Cravo, repolho ou alface? Cheira-me demasiado a frescos, se queres que te diga. E porque é que dizes que os sapatos dela são verdes? A mim, parecem laranja.

– Parem!!

Fanã voltava ao ataque, sôfrego e em visível aflição.

– Vocês estão to-to-todos mara-marados. Devem ter toma-ma-do as pastilhas e-e-e-rradas. As verdes são as, as, as oti-ti-mistas. As ver-me-melhas são alu-alu-cino-no-génias. Vocês vão acaba-bar com a minha repu-pu-tação. Porque não me disseram que eram, eram dal-dal-tónicos, caramba!?

– Daltónicos, como os irmãos Dalton? – Pergunta Fresca, de forma que parecia genuína e não no gozo, o que fez com que Caramelo desatasse a rir desalmadamente.

– Caramelo, pára, que estás a ficar verde.

Ao que Caramelo responde:

– Não te preocupes. Quando rio muito, fico sempre esverdeado. Tal e qual uma malagueta.

Moral da história:

Dizem que, por norma, o livro é sempre melhor do que o filme, mas a vida bate qualquer um deles. Já agora, opte por tons crus e sóbrios, os demasiado cozidos e ébrios são chatos e tornam-nos mais pirosos.

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