Esta é uma receita com título cruel, mas, segundo quem já provou, bastante boa e deveras deliciosa, principalmente quando se acerta no tempero e no tempo de cozedura. Concentremo-nos, portanto, para que tudo dê muito, muito certo. Um dos principais truques é arranjar carne de primeira, preferencialmente biológica, de uma qualquer origem certificada, e rezar para que o animal tenha tido uma vida feliz, no campo, e uma morte sem sofrimento, como, de resto, desejamos para todos nós. Afinal, falamos de um mé-mé. Na posse da perna de borrego (filho da ovelha e não da cabra – um dado importante para todos aqueles que se preocupam em saber quem é filho de quem), deve deixá-la a marinar durante, pelos menos um dia e uma noite, para camuflar sabores indesejáveis. Ora, como é que isso se faz? Deixando a perna, já no tabuleiro que deverá levar, posteriormente, ao forno, junto de uma marina portuária ou em convívio direto com uma pessoa de nome Marina. Os orvalhos da maresia, a existirem, são, segundo dizem, absolutamente divinais para esta receita, se bem que há Marinas que conseguem resultados equiparados. Escolha bem, aquele que lhe der mais jeito. Após marinada, a carne está pronta para ser temperada com tudo aquilo que entender, mas recomendamos vinho verde, ervas aromáticas, sal, pimenta, malagueta, algum azul e bom humor a gosto. Há quem adicione algumas horas de reality shows, mas isso é opcional. Feito isto, a perna de borrego está pronta para seguir para o forno, de onde deve sair apenas depois de bem cozida. Acompanhe com uma salada e alguém cuja companhia verdadeiramente aprecie.
Ingredientes:
– Perna de borrego
– Uma Marina ou marina
– Vinho verde
– Ervas aromáticas (umas quaisquer)
– Um pouco de azul (não muito)
– Bom humor a gosto
– Sal
– Malagueta
– Pimenta
– Algumas horas de reality shows (opcional)
– Um forno
– Uma salada
– Boa companhia
Tempo de preparação:
Aponte para uns dois dias, por causa das ‘Marinas’, a salada, a escolha da companhia, do vinho e tudo isso.
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