Restos de Coleção está para o conteúdo do frigorífico + despensa, como a roupa velha para o jantar da consoada. Exige apenas que se olhe bem para o que está disponível, independentemente de rimar com qualquer tipo de receita conhecida ou já inventada, e partir à descoberta de todo o seu talento e criatividade para reaproveitar aquilo de que dispõe. Sem a maçada de ter de passar pelo supermercado ou de procurar sites com sugestões e que apenas implicam que saia de casa em busca de tudo aquilo que, por norma, nos falta. Restos de Coleção permite que ultrapasse precisamente os inconvenientes da cozinha e apela a que se deleite na alquimia de inventar. Venham de lá os enlatados, o pão de forma e as bolachas. Saltem as batatas dos pacotes e o vinho da box. Massa e arroz são aliados preciosos e caso ainda restem legumes na gaveta do frigorífico que lhe está destinada, saiba que está prestes a conseguir um verdadeiro festim, onde não faltarão sais minerais e vitaminas das mais variadas espécies. A cereja no topo de tudo isto obter-se-á se ainda descobrir ovos. Os ovos são o maná divino de quem não aprecia tachos ou frigideiras, ainda que possa vir a necessitar deles.
Dicas preciosas:
- Molhos agregadores que uniformizem os restos, conferindo-lhes um look de prato pensado e bem conseguido.
- Empratamento apelativo e sexy.
- Gratinar no forno, também ajuda a criar uma aparência homogénea e apetitosa.
E pronto, é isto. Boa caçada, aí pelos recantos escuros das prateleiras menos utilizadas e pelos becos da geleira. Uma coisa é certa, estará a criar receituário único, o que ainda lhe permitirá registar o feito em sede própria. Partilhe-o, depois, aqui connosco.
Ingredientes:
– Tudo e qualquer coisa que se preste a ser cozinhado ou apenas comido.
– Muita criatividade
Tempo de preparação:
Esta avaliação necessita de medidas exatas quando a dimensões da despensa, profundidade das prateleiras, hábitos de consumo, tamanho do frigorífico, conhecimento sobre o tipo de ingredientes que costuma comprar, mas nem por isso consumir… Há ainda que avaliar a velocidade e precisão a abrir latas. Ainda assim, deve ser rápido. Mas não vale fazer batota e comer diretamente das latas. O que se pretende é que ‘cozinhe’ realmente alguma coisa e por cozinhar entendam-se os mínimos olímpicos, preferencialmente com algum tempo de fogo, ou uma bonita salada, bem cortada, ou um molho bem esgalhado…
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