Demasiado visto, salmão cor de salmão é um pouco maçador e espectável. Já um bom salmão albino é um chuto no olho. Coisa para todos se questionarem sobre a delícia que se encontram a comer. É perca? É cherne? É bacalhau fresco? É Super-homem? É um novo episódio daquela série de cujo nome não me recordo, mas está mesmo debaixo da língua de alguém?

Deixe-os na dúvida até que mordam o anzol deste prato que ganhará a cor da beterraba, dando sabores de terra ao que vem do mar e vice-versa, que é como quem diz uma coisa e o seu contrário e continua a estar certo. Tão complexo e tão simples. E mesmo que o albino acabe ‘abeterrabado’ na cor, nunca será salmão cor de salmão, antes algo deveras exótico. O melhor de tudo? Não tem glúten. E se retirar o plástico da embalagem do salmão, nem sequer plástico terá. Completamente saudável e agradável à vista. Cozinhe-o como bem entender, pois presta-se a tudo: assado, frito (não aconselhamos), panado, cozido, grelhado… Até num lindo vol-au-vent fará sucesso. O que sobrar, não deite fora nem dê ao gato. Faça rissóis, faça uma bolsa de massa folhada e aqueça no forno, faça qualquer coisa, mas não o desperdice.

Ingredientes:

– Não leva glúten, logo, glúten não é um ingrediente (esclarecemos, pois há pessoas que leem as coisas a correr, ficam-se pelas gordas e, no fim, as magras também contam)

– Salmão albino (uma raridade, que vale a pena procurar, mesmo que não encontre)

– Beterraba, para compensar a falta de cor

– Alguma sorte

Tempo de preparação:

Como pode não encontrar salmão albino, não vamos colocar a carroça à frente do eixe, não é verdade? Assim, não enganamos nem perdemos tempo. Parece justo.

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