Farelo doce é coisa que não existe, daí que esta receita esteja para a culinária como os unicórnios para os equinos e daí ainda ‘que fosse’ à laia de quimera. Uma miragem à qual apetece logo meter as mãos. Avancemos, portanto. A tarte está no papo, basta uma base clássica de tarte e já está. Controlado isto, resta a conceção do farelo. Quanto ao doce, já lá iremos. Antes de mais, não deixe que o farelo o atemorize. Farelo não passa de um resíduo da fabricação de farinha de gramíneas, ou seja, daqueles cereais mais comuns para a produção de farinhas. Pode ser trigo, milho, cevada, aveia, arroz… Pouco importa. Agarre no seu cereal de eleição e esmigalhe-o o melhor que conseguir. Tudo aquilo que ficar mais fininho, capaz de passar pelo crivo, ou peneira (não confundir com peneiras), será o seu farelo. Para usar de rigor, são restos mais ou menos granulados. Já mete menos medo, verdade? Antes de cozinhar, adicione açúcar, ou mel e já tem o doce. Quanto ao resto, você saberá desenvencilhar-se, já que o objetivo é que estas não-receitas funcionem para aguçar o seu engenho e não sejam cursos completos. Queria a papinha toda feita, não era? Nesse caso, compre feito. Não se dê ao trabalho de cozinhar.
Ingredientes:
– Peneira (no singular e não no plural. Deste reparo pode depender o sucesso de tudo na vida)
– Cereal de eleição
– Farelo resultante do esmigalhamento do cereal de eleição
– Massa de tarte
– Açúcar ou mel
– Coragem
– Dinheiro para comprar feito, caso se aborreça a meio ou mesmo antes de começar
Tempo de duração:
É tão relativo. Vamos avançar com algum tempo, mas é absolutamente aleatório e hipotético, Ok? Digamos, 14 horas. É isso, 14 horas.
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