Para aqueles que não ambicionam Lamborghinis nem se perdem por sushi chinês, o equilíbrio pode fazer concorrência à felicidade e ao binómio dinheiro + bom sexo na lista de projetos de vida, se é que me entendem (caso me entendam, por favor, depois expliquem-me, pois perdi-me no raciocínio). Por isso, atendendo a essa faixa da população, preparámos algo deveras especial. Uma torta, na sua versão clássica de amêndoa, com um doce, também ele um tradicional de gila, mas super direito. Tão direito que é quase reto, o que vai equilibrar toda a teimosia e inclinação da torta que é, precisamente, torcida. Resultado: algo muito próximo da perfeição, é o que vos digo. E isto sem exageros estapafúrdios. Assim tivessem eles pensado nisto lá em Pisa. O segredo desta torta está em deixar queimar o doce a tal ponto que fique um caramelo rijo, que impeça a torta de se enrolar ou inclinar. Vai ficar sem o tacho onde fizer o doce, mas obterá a torta mais direita da sua vida. Só por isso, já valeu a pena, concorda?

a) Siiiiiimmmm

b) Nem por isso

c) Nem pensar

d) Gostava de experimentar, mas não tenho tacho, nem amêndoa, nem gila, nem o resto

Ingredientes:

– Massa de bolo para a torta

– Inclinação para a mesma

– Amêndoa

– Doce de gila

– Tacho para usar e deitar fora

– Retidão e princípios

Tempo de preparação:

O mais moroso será tentar retirar o caramelo queimado do fundo e laterais do tacho, o resto é o tempo normal de um bolo simples, seja ele torto ou direito.

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