Frango é pedofilia. Pronto. Tínhamos de esclarecer isto, de colocar este ponto nos dois is, de arrumar o assunto e atirá-lo para trás das costas… Não podemos cair em esparrelas, pelo que o melhor é atirá-lo apenas para longe, bem longe de parafilias criminosas. Ok. Posto isto, o nosso vol-au-vent é feito de galo maduro. Indivíduo que já viveu a vida, que pisou terra húmida e cheia de minhocas e coisas boas, que se apaixonou, que foi rei do galinheiro, que teve uma vida cheia, plena, rica e farta. ‘Salteemos’ por cima dos últimos dias de vida do protagonista, que isso origina sempre lágrimas na audiência e na nossa cozinha também. Com a carne do galo – não caia no erro de dar um nome ao pobrezinho, caso contrário jamais permitirá que acabe na panela ou noutro recipiente de confeção culinária – faça um belo refogado com legumes e temperado com ervas, sal e pimenta do reino, que este galo merece o melhor que tenha em casa. Em simultâneo, ou um pouco antes, caso não domine o multitasking, recorte umas lindas caixas redondas ou quadradas de massa folhada, pique-as com os dentes de um garfo e pincele-as com um ovo batido, caso esteja para se dar a esse trabalho extra. Sem ovo também resulta. Leve-as ao forno até que a massa suba e se mostre entre o louro e o tostado. Abra um furo em cada uma delas e encha-o com o belo preparado que fez ao mesmo tempo e onde há carne de galo e legumes. Tão bom e bonito que vai cantar de galo. Ahahaha!!! Foi demais? Nesse caso, perdão!
Ingredientes:
– Galo
– Legumes
– Massa folhada
– Ovo (opcional)
Tempo de preparação:
Criando-se o galo desde pintainho, não lhe vamos mentir, é coisa para durar. Falamos de anos. Se preferir o prêt-à-porter e gostar de ir a supermercados, é bem menos moroso, é um facto. Confecionar o prato, em regime de multitasking é menos de um minuto. Perdão, mais uma vez, o nosso foi comprado feito, daí a brevidade do resultado. Vamos arriscar uma a duas horas. Pronto, sempre lhe dá uma ideia da trabalheira e tempo despendido.
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