Mais um desafio dos bastante desafiantes. Falamos de frio, mas não completamente frio, e morno quase quente, o que quer dizer que pisamos solo incerto e escorregadio. Gelo finíssimo e quebradiço todo derretido com a sedução do meio calor. Atente, portanto, no piso e no calçado, se quer ser bem-sucedido nesta delicadeza de chocolate. Quanto a este, ao chocolate, nada a assinalar. É de facto, e apenas, chocolate do bom. Pode ser branco, de leite ou negro, bio ou nem por isso, o que facilita ainda mais, uma vez que se adapta a qualquer gosto e se acomoda bem ao que conseguir encontrar na mercearia da esquina, a do Sr. Zé, claro. Where else? Escolhido o chocolate, derretido o mesmo, misturadas as natas e encontrado o ponto de frio exato que permita falar de semi e não de completamente frio, e nivelado o grau de aquecimento entre o morno e o quente, e está no ponto. Na dúvida, sobre a temperatura e de como perceber que a encontrou, tenha como ponto de referência um casamento com mais de cinco anos. Ainda não gelou por completo, mas também já perdeu o escaldão dos primeiros dias.

Ingredientes:

– Boa mão para medição de temperaturas

– Um casamento com mais de cinco anos, para servir de bitola

– Chocolate

– Natas

– Mais qualquer coisa que possa estar a escapar-me

Tempo de preparação:

Se conseguir logo na primeira tentativa, é coisa para não exceder os trinta minutos. No pior dos casos, necessitará de cinco anos de espera, até que aquele casal amigo ou o vizinho do segundo direito complete cinco anos de casamento e, assim, estar seguro acerca da semifriagem.

 

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