A nossa mãe passou pela vida como um cometa flamejante, abrasador e abrasivo. Uma mente escaldante, raciocínio cáustico e sem freios, adornado de uma linguagem crua, cirurgicamente certeira naqueles alvos emocionais que magoam mais do que dolorosas perdas afetivas, mais do que o amor que não aconteceu ou o gelado que não se provou. Mais do que o fio de uma navalha em carne distraída. Uma locomotiva sem freio, direção ou destino. Apenas a ânsia de magoar para não sofrer … Ler mais
Mês: Fevereiro 2024
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São difíceis de encontrar, mas quando damos de caras com umas boas rabanadas, nada no universo se lhes compara, nem o tesla que anda por aí no espaço a mostrar a outras galáxias como ninguém bate os humanos a deixar lixo em todo o lado. Elas, as rabanadas – estamos de volta a elas, claro – são fofas, gordurosas, açucaradas, acaneladas, elas exigem que se lambam os dedos… São, numa palavra: diabólicas! E tanto lhes pode chamar rabanadas como fatias … Ler mais
Na Rua de Baixo, que ficava exatamente abaixo da Rua de Cima, sendo ambas mediadas pela Rua do Meio, o universo parecia ter-se concertado para reproduzir em menos de 50 metros de comprimento e muito menos do que isso de largura, um exemplar de cada um dos vários tipos humanos. Um mostruário tão completo que até tínhamos um leproso, que é coisa que vai sendo rara por estes dias, e bem reveladora de como não se pouparam esforços para recriar … Ler mais
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