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Pão de Deus Dará
Esta é daquelas receitas que dependem de um único ingrediente, mas que, por norma, exigem um segundo. O primeiro é o pão, neste caso já confecionado e não ingredientes soltos a necessitarem de um plano bem engendrado por uma estratégia culinária que os una para todos o sempre. Claro que se pretender estar do outro lado da receita, pode sempre confecionar ou comprar o pão e esperar que lho solicitem, para se sentir piedoso e assim.
Ora bem, onde íamos? … Ler mais
Ela não sobrevivia três segundos sem atenção, três minutos sem um cigarro, três horas sem um vodka-qualquer-coisa, três dias sem ir às compras, três semanas sem um novo amante, e três meses sem umas boas pastilhas de qualquer coisa para combater aquela breve, mas intensa e persistente melancolia, ou seria apenas aborrecimento?
Numa existência desregrada, sem códigos ou ditames, estas eram as únicas leis, impostas naturalmente pela sua natureza volátil, a qual moldou ainda ao perfil hiperativo, para que nunca … Ler mais
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Por oposição às saladas quentes, nada apetecíveis no verão – ainda que não seja isso que vivemos por estes dias de alternância verão/inverno –, as saladas frias são aquilo que mais se deseja à beira da água, seja em alto mar, a bordo do veleiro de 30 metros e quatro andares, seja com os pés a refrescarem-se naquela pequena piscina insuflável comprada nas megastores chinesas. Vale tudo, menos saladas quentes, como se percebe. Percebes também não seria uma má opção, … Ler mais

Lá estávamos nós
Lá estávamos nós. No ar. Suspensos no pulo. Sacudindo o pó do chão e os anos do corpo. Subtraindo à vida anos de consumo efetivo. Saliva e suor parados no instantâneo das fotos, enquanto cabelos em desalinho substantivavam o movimento, a euforia e mostravam à compreensão a música que os ouvidos não podiam ouvir. Qual seria naquele momento?! Uma velharia qualquer, das boas. Uma velharia como nós. Quando foi que começámos a falar de joanetes e implantes mamários para insuflar … Ler mais
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As queijadas de Sintra são doces pavlovianos. Só de pensar nelas e já estamos a salivar. Nem precisamos de campainha. É, pois, de fácil compreensão que se deseje tê-las sempre por perto. Porém, com isto não pretendemos mudar-nos de tachos de panelas para o microclima de Sintra, e levar com os seus humores nebulosos todos os dias do ano, e ainda a humidade, o vento e o seu célebre ‘capacete’ de nuvens, capaz de ensombrar o mais exuberante verão. Esta … Ler mais
Queria tanto saber vestir as palavras como os poetas e passeá-las por aí como os artistas de circo
Misturá-las e baralhá-las com o coração na copa dos absolutos e a leveza dos impossíveis, com ases e jokers a apostar para lá do permitido
Barrá-las de surpresa e admiração e com a mão certa dos pasteleiros e tudo em modo q.b.
Desordená-las com o acerto da alma
De quem consegue ver o que não existe ou, existindo, não está lá, está … Ler mais
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