São pratos como este que colocaram a dieta mediterrânica no mapa da gastronomia mundial. Do que precisa? De habilidade. Apenas isso, habilidade. É do que mais precisará quando estiver a pescar à linha em alto mar, ou baixo mar, há registos de robalos em águas médias e mesmo baixas. Caso não consiga uma traineira, pode optar pelo desportivo caiaque, mas atenção, não vire a embarcação. Nunca nos aconteceu, mas dizem que é deveras chato e húmido. Pescado e identificado o peixe – tainha não é tão boa quanto robalo –, segue-se outra parte dolorosa: assar o peixe. Assar, propriamente dito, é simples, basta ir rodando o peixe na grelha, apenas depois de o ter atacado com uma boa camada de sal sobre as escamas. Se preferir escalado, à moda de Setúbal, terá de o esventrar e abrir ao meio, longitudinalmente, atenção a este pormenor! Difícil é acender o carvão e determinar o grau de lume certo, para que não queime por fora, mantendo-se cru por dentro. Tem mesmo de ser na brasa. Ou seja, na brasa certa. Pode chamar um técnico, ou simplesmente ir para a esplanada de um restaurante e esperar que um empregado especializado em peixe se encarregue da parte chata. Outra vantagem desta última opção é que não ficará a cheirar a fumo, a não ser que o assador esteja no passeio, bem perto da sua mesa, e o vento estiver de feição, ou seja, na sua feição. O que falta? O cebolinho, bem se vê. Pique-o e coloque por cima do robalo.

Ingredientes:

– Robalo (Por favor, não confunda robalo com roubá-lo, pois se for roubado, não julgue que lho vão servir à prisão)

– Sal grosso

– Cebolinho

– Uma boa esplanada, caso prefira não se dar ao trabalho do assado e tudo o mais

– Uma traineira ou caiaque

– Aquela brasa

Tempo de preparação:

Diga-nos você em quanto tempo ficou a receita.

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