Esta seria mais uma receita CCC, não fosse a urgência do bioagradável. São os tempos que correm, pelo que temos de correr com eles, ou seja, a seu lado ou, na pior das hipóteses atrás deles. O que é bom, pois correr abre o apetite e liberta os bofes, pelo que ficará agradavelmente predisposto para a receita que aqui se apresenta e explica. O difícil será obter o tom creme, uma vez que as courgettes têm casca verde-escura e a receita contempla a casca deste vegetal. Pode ignorar a questão da cor creme, e chamar-lhe verde de courgettes – o que até é inspiracional e ninguém o pode desmentir e essa será outra mais-valia, quase um axioma –, ou descascar as courgettes e ficar com aquele tom pálido resultante do miolo, precisando ainda, e apenas nesse caso, de prescindir também dos coentros, já que estes só vêm nesse tom específico: verde. Resolvida a questão cromática, sempre tão importante numa arte em que até com os olhos se come, passemos aos coentros, também eles verdes, como já referido e em associação aos quais a courgette deveria resultar em creme. Quem quiser manter o creme, terá de investigar um pouco mais, já que nós optámos por não descriminar tons e misturar tudo, o creme, a courgette e os coentros. Ficou verde, é bem verdade, mas tão saboroso que tínhamos mesmo de partilhar a receita. Claro que o toque de génio é toda a questão do bioagradável, o que tem a ver com a horta cá de casa e o maravilhoso tom de campo que se obtém no final.

Ingredientes:

– Todos os já mencionados e outros que julgue oportunos. Afinal, cozinhar é uma arte e não uma cópia.

Tempo de preparação:

O tom certo que pretenda obter, é absolutamente determinante para responder a esta questão. Não dá para compromissos prévios.

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