Depois dos Lombinhos à Fiscal da EMEL esta é a receita com mais tweets do momento. Sim, os yuppies são já dinossáuricos e já nem os dicionários urbanos deles se recordam. Os olhos voltaram-se para o passado mais distante, o básico, o tradicional, o simples e depurado e decidiram reinventá-lo, adaptá-lo e, porque não, mastigá-lo. Esta receita é o pináculo desse novo olhar sobre aquilo que servimos à mesa e um piscar de olhos às profissões que agora idolatramos: profissionais que dominam saberes seculares e conhecimentos técnicos específicos. Qualquer um consegue fazer o seu próprio IRS, com mais ou menos erros, mas tentem lá erguer uma casa, arranjar uma torneira ou fazer uma instalação elétrica. Ah, pois é! Aqui homenageia-se o pescador que pesca a pescada e, ao mesmo tempo, o padeiro, que fabrica o pão para completar a sandes de conhecimento e simplicidade a que qualquer prato aspira e, em alguns casos, expira. O mais curioso, nesta receita, é que é o padeiro que diz ao pescador como confecionar o peixe, o que é sempre uma roleta, pois um dia sugere uma maneira, no seguinte já lhe ocorre outra… É absolutamente dinâmica, esta receita, e depende muito dos profissionais de serviço. E, pronto, está concluída a nossa rubrica de hoje.

Ingredientes:

– Um pescador exímio

– Um bom padeiro, criativo e que saiba cozinhar pescada

– Pescada

– Uma boa viagem ao mar

– Uma pescaria que consiga pescada

– Um bom regresso a terra.

Tempo de preparação:

A duração da pescaria, mais o regresso a casa, o encontro com o padeiro, a decisão sobre que receita confecionar, a confeção… Tire seis meses.

By Estúdio Horácio Novais

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