Entrámos nos pratos exóticos e pandigestivos, daqueles que reúnem o que de mais extraordinário existe na ponte transatlântica, se é que me estão a acompanhar no salto geográfico. Todo ele coco, todo ele tropical, todo ele América do Sul + África. Uma abordagem médica avançaria com metáforas calóricas e proteicas, já que a quantidade de ovos, açúcar e coco fazem desta sobremesa uma dose de estimulantes sacarídeos que entra diretamente na veia. Uma espécie de superpoder culinário para quem aprecia heróis da BD, que o fará sentir-se como um, mas não de verdade, daí o ‘quindera’. Depois de um destes chutos cavalares de falsa energia e superpoderes, não permaneça sentado, não se limite a digerir, ou ainda vai acabar num destes dois sítios:
– Urgência hospitalar
– Num qualquer programa aberrante do TLC, rivalizando a presença numa das muitas rubricas de obesos mórbidos.
Atente nas quantidades e balize os seus limites. Assegurado isto, deguste sem culpas o seu Quindim Quindera.
Ingredientes:
– Ovos, em número obsceno
– Açúcar, numa quantidade que desafia os limites do concebível
– Coco, em doses massivas ou mesmo maciças
Nota:
Hipertensos e ‘colestéricos’ devem acautelar a quantidade permitida pelas leis clínicas. Tudo o resto é pura inveja. Sabe que mais? Quindera ter um quindim aqui, agora.
Tempo de preparação:
O tempo de ir a um bom restaurante brasileiro. Para não se sentir culpado, vá e regresse a pé, para ‘desmoer’.
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